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Resenha: “Do Yázigi à Internexus”

Título: “Do Yázigi à Internexus – Uma viagem pelos 50 anos de uma franquia brasileira que se tornou global”

Confesso que protelei o máximo que pude fazer esta resenha crítica, afinal, “juntar” quase 60 anos de história num livro e deste mesmo resumo ter de resumir tudo em alguns breves parágrafos não é algo fácil. São 320 páginas com traços de subjetividade – porém sem perder a lucidez – de alguém que desde sempre esteve presente na história desse instituto de ensino que se tornou global. O autor é nada menos que o atual CEO (Chief Executive Officer, diretor-geral) da Internexus, Inc e do Yázigi Internexus, Ricardo Young Silva, que também trabalha em e coordena várias outras empresas, enfim, ele é uma pessoa polivalente, e só isso daria assunto para uma outra resenha (ou biografia).

O Instituto de Idiomas Yázigi foi fundado em 1950 por César Yázigi e Fernando Heráclito Silva (pai de Fernando Young Silva) e sua primeira escola foi fundada na cidade de São Paulo. César Yázigi, já falecido e cujo sobrenome deu nome à escola, depois de algum tempo em sociedade com Fernando H. Silva, decidiu voltar para os Estados Unidos e deixou a franquia para a família Young Silva. Fernando H. Silva atualmente residem em Salvador, Bahia.

O Yázigi se destacou em sua época por sua didática e metodologia inovadoras. Em um tempo em que reinavam escolas binacionais, como a Cultura Inglesa e o Instituto Cultural Brasil Estados Unidos, o Yázigi mostrou que, apesar de se tratar de uma língua estrangeira, era (e é) possível ensiná-la através da realidade do aluno, fundamentando-se nos métodos do já famoso educador Paulo Freire. Um símbolo disso foi o primeiro logotipo da empresa, que tinha como cores o verde e o amarelo, fazendo alusão à bandeira brasileira, ao invés dos tradicionais azul e vermelho que representavam as cores da nação americana. Suas aulas, a princípio ministradas por César Yázigi, eram dinâmicas e cheias de vitalidade, algo inusitado, pois na época o ensino de inglês era baseado em textos literários e costumava ser “silencioso” e de uma postura comedida. Posteriormente, como advento do CLA – Centro de Linguística Aplicada, o primeiro da América Latina – e com a criação de programas de ensino como o JEP – Junior English Program, atual Magic Links – coordenado por sua mãe, Catherine Young Silva, é que escola foi ganhando cada vez mais notoriedade. Este programa foi premiado pela Unesco e Catherine foi contratada como consultora da Unesco na elaboração de materiais didáticos para ensino de língua em países em desenvolvimento. O CLA tem objetivo de pesquisar e desenvolver materiais didáticos para a rede e o primeiro responsável pelo centro foi o eminente linguista Francisco Gomes de Matos, atual professor da UFPE. Com a ida de César Yázigi para os EUA, houve o surgimento da idéia de tornar a empresa internacional. Foi assim, rusticamente falando, que surgiu o Internexus e algumas outras unidades espalhadas pelo mundo. O livro também discorre sobre a contribuição do Yázigi para o surgimento e expansão do sistema de franchising, algo que para mim ficou confuso, pois confesso que não entendo nada de administração, ao contrário do Fernando Young Silva, que é formado na área pela GV. Dentre toda a história que permeia o livro, não posso deixar de citar Itamar Heráclio Góes Silva, que é tio de Ricardo e foi e continua sendo uma peça fundamental para a empresa.

No que concerne as minhas impressões sobre o livro, posso dizer que são as melhores. Fiquei sabendo várias coisas não só sobre o Yázigi em si, mas também em relação à época, os costumes e etc. E quando disse que o Ricardo Young Silva é polivalente, não foi só por dizer, pois ele foi o fundador da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e é coordenador do World Business Academy, presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos, presidente do UniEthos, coordenador Nacional do PNBE, fundador e membro do conselho da Transparência Brasil e do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, presidente do Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças e conselheiro da Fundação Ronald McDonald. Além disso, ele é membro ativo de diversas ONGs, é também membro do conselho do AccountAbility /Londres e representa o Instituto Ethos em fóruns do Global Compact (ONU). É membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, do Governo Federal.
É pouco ou quer mais?

O Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças (CBFC) foi fundado por sua mãe, Catherine Young Silva, e apresenta uma proposta bem interessante de abordagem filosófica nas salas de aula, nada como “hoje vamos estudar Platão” mas sim referente às reflexões e implicações de certos atos e ações.

04/02/2009 at 14:52 Deixe um comentário


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